terça-feira, 30 de agosto de 2011

Amazonas... Produto nacional !


HISTÓRIA DA AMAZONAS
A idéia de construir uma motocicleta com motor VW, não foi exatamente iniciada com a Amazonas. No início dos anos 70, os mecânicos Luiz Antonio Gomi e José Carlos Biston, construíram uma máquina de 330 quilos com motor VW a ar de 1500 cc, cujo volante do motor fora aliviado, pois a moto, inicialmente, tinha a tendência de inclinar-se em demasia quando acelerada.
Uma Amazonas 1.600 cc na linha de montagem em 1978, muitas delas foram vendidas para a Polícia Rodoviária Federal, ainda hoje podem ser vistas nos pátios das corporações em pequena quantidade, pois a maioria já foi leiloada. Muitas outras foram exportadas, é comum encontrar referências a elas em sites do Japão, Europa e Estados Unidos.
O câmbio também era da marca alemã, tendo a marcha-a-ré em alavanca à parte, a fim de não confundi-la com as outras marchas, que eram acionadas pelo pé esquerdo, como em qualquer outra moto. A suspensão traseira tinha duas molas auxiliares, paralelas às originais e, na dianteira, contava com dois amortecedores de direção do fusca, que foram colocados lateralmente aos telescópicos dianteiros, enquanto o sistema de freios era composto por dois discos de Ford Corcel na frente e apenas um atrás, com pinças de VW Variant, sendo usado o cilindro mestre do Fusca. A estrutura foi feita com pedaços dos quadros de uma Harley e de uma Indian 1200 de 1950,( uma verdadeira catança e adaptações de peças e quadros ),  a parte inferior foi construída artesanalmente. Aprovada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP. Se deu , a fabricação do protótipo, que ostentava detalhes como o painel do Chrysler Esplanada e tanque em forma de caixão.


Os dois amigos instalaram uma oficina em São Paulo, na Av. Dr. Salomão Vasconcelos 668, e construíram mais três motocicletas, cujo paradeiro é, hoje, ignorado.  Um grupo de São Paulo, a FERREIRA RODRIQUES, interessou-se pelo projeto dos mecânicos, então nasceu, em 1978, a lendária AMAZONAS, única moto com marcha-a-ré, que foi considerada na época, a maior motocicleta do mundo.
Sem importações de motos para o Brasil, onde tínha se de se conformar com motos nacionais de baixa cilindrada, A  ”Amazonas Motocicletas Especiais – AME”, empresa fundada em 15 de agosto de 1978, no bairro da Penha (SP), se tornou objeto de desejo de muitos motociclistas
 A produção dos modelos da marca iniciou-se, entretanto, apenas trinta e dois dias depois da criação da AME, que começou a construir os modelos Turismo Luxo, Esporte Luxo e Militar Luxo. A moto era uma verdadeira salada de peças de carros da época, com peças de Corcel, Fusca, Caminhão Mercedes 608, Puma e Ford. Era uma moto superdimensionada e, por isso, era muito forte e durável, coisa não muito comum nos dias de hoje. Tanto que ainda é muito comum nestes dias, ver-se uma Amazonas com várias peças originais, em perfeito estado de conservação. Ela teve até um modelo a álcool, em 1978. Este modelo dispunha de carenagens integrais do motor, para mantê-lo em temperaturas mais elevadas.


A motocicleta Amazonas foi exportada para várias partes do mundo, inclusive para o Japão. Foram feitas diversas modificações durante sua existência, inclusive no chassis, suspensões, estética e motorizações, até sua total extinção, em outubro de 1988, sendo que cinco ou seis motos ainda foram montadas no ano seguinte.
Modelo exportada para os Estados Unidos da América, motocicleta de grande porte ao gosto dos amantes das motos custom como Indian´s e Harley Davidson. Seu custo era equivalente a  seis Honda CG125, na época em que ela era fabricada (pesquisa feita pela revista moto show em 15 de abril de 1983).


A Amazonas, ostenta lá fora o título de maior moto do mundo e motivo de orgulho, pois é fabricação brasileira. Isso Mostra que o brasileiro, quando busca desafios consegue supera los seja quais for. Nos dias de  hoje existe motocicletas Amazonas com injeção eletrônica de combustível. As pessoas que elaboraram ficariam boquiabertas de ver tais motos ainda rodando e com melhorias de grande respeito.


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