quarta-feira, 22 de agosto de 2012
terça-feira, 21 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Motocicleta, o fascínio das crianças
O olhar daquele menino de apenas 10 anos fixado na bela BMW preta traduzia todo seu fascínio por aquele estranho veículo mal equilibrado em duas rodas.
Inicialmente um pouco envergonhado, ele admirava aquela motocicleta de longe, tentando se fazer quase invisível ou desapercebido para o proprietário dessa maravilha mecânica.
Inicialmente um pouco envergonhado, ele admirava aquela motocicleta de longe, tentando se fazer quase invisível ou desapercebido para o proprietário dessa maravilha mecânica.
A placa era inglesa e o “motociclo” (como se costumava chamar nessa época), estava carregado ao máximo, típico de quem estava fazendo uma longa viagem. As estradas naquele Rio Grande do Sul de 1968 eram quase todas de terra, assim como as estradas argentinas, uruguaias e chilenas. A poeira acumulada sobre a motocicleta era testemunho d a quilometragem adquirida ao longo dessas vias.
Durante vários minutos, o moleque rodeava a moto, verificava cada detalhe nela como se admirasse um brinquedo novo em uma vitrine com a certeza que não o poderia possuir. Timidamente o “guri” aproximou-se da moto para dar uma olhada nos instrumentos nessa BMW que se resumiam ao velocímetro e ao indicador de temperatura do motor. Nesse momento, o motociclista se dirigiu ao garoto em um espanhol misturado com algo de inglês:
- Gostas da moto? Perguntou ele.
Com um aceno afirmativo de cabeça, por medo de não ser compreendido, o menino preferia não admitir que o que lhe fascinava era a quantidade de bagagem presa à moto e as bandeirinhas e “adesivos de países e lugares” que abundavam em qualquer superfície disponível, como se fossem tatuagens no braço de um velho marujo.
Elas contavam uma história! Posteriormente, ficou evidente que viajar de moto e contar histórias seriam capitais na vida adulta daquele moleque curioso.
Hoje, com 54 anos de idade não lembro quanto tempo passei junto à motocicleta e se eventualmente “torrei” a paciência daquele amável viajante. O que lembro é essa imagem, de um homem atencioso, e paciente, como uma referência de um viajante aventureiro e desbravador. O sentimento de um garoto de 10 anos que sem mesmo saber, eventualmente decidiu ali mesmo que a viagem e a motocicleta assumiriam participações fundamentais em sua vida futura, tanto pessoal, quanto profissional.
Muitos anos depois, cumprida a profecia, em cada uma de minhas viagens pelo mundo guardo uma sensibilidade e atenção especial aos olhares e à curiosidade de crianças em relação a mim e à minha moto.
Uma motocicleta de viagem intriga os pequenos
Seduz, fascina, provoca o senso de descoberta, pois envolve elementos fundamentais de geografia e aventura associados ao desafio da tecnologia.
Durante vários minutos, o moleque rodeava a moto, verificava cada detalhe nela como se admirasse um brinquedo novo em uma vitrine com a certeza que não o poderia possuir. Timidamente o “guri” aproximou-se da moto para dar uma olhada nos instrumentos nessa BMW que se resumiam ao velocímetro e ao indicador de temperatura do motor. Nesse momento, o motociclista se dirigiu ao garoto em um espanhol misturado com algo de inglês:
- Gostas da moto? Perguntou ele.
Com um aceno afirmativo de cabeça, por medo de não ser compreendido, o menino preferia não admitir que o que lhe fascinava era a quantidade de bagagem presa à moto e as bandeirinhas e “adesivos de países e lugares” que abundavam em qualquer superfície disponível, como se fossem tatuagens no braço de um velho marujo.
Elas contavam uma história! Posteriormente, ficou evidente que viajar de moto e contar histórias seriam capitais na vida adulta daquele moleque curioso.
Hoje, com 54 anos de idade não lembro quanto tempo passei junto à motocicleta e se eventualmente “torrei” a paciência daquele amável viajante. O que lembro é essa imagem, de um homem atencioso, e paciente, como uma referência de um viajante aventureiro e desbravador. O sentimento de um garoto de 10 anos que sem mesmo saber, eventualmente decidiu ali mesmo que a viagem e a motocicleta assumiriam participações fundamentais em sua vida futura, tanto pessoal, quanto profissional.
Muitos anos depois, cumprida a profecia, em cada uma de minhas viagens pelo mundo guardo uma sensibilidade e atenção especial aos olhares e à curiosidade de crianças em relação a mim e à minha moto.
Uma motocicleta de viagem intriga os pequenos
Seduz, fascina, provoca o senso de descoberta, pois envolve elementos fundamentais de geografia e aventura associados ao desafio da tecnologia.
É muito comum que um pai se aproxime com seus filhos para conversar conosco quando viajamos, para saber de algo, perguntar de onde viemos, para onde vamos ou, simplesmente, para olhar, apreciar e analisar a moto. Ao mesmo tempo que vamos contando de onde somos e para onde viemos, ele vai utilizando esses elementos para passar informações a seu filho. Gosto sempre de propor ao inesperado visitante que coloque a criança sentada na sela da moto. A reação é sempre de entusiasmo e alegria.
Para os garotos de 10, 12 anos que vejo como reproduções daquele guri que um dia fui, gosto também de dar a eles a oportunidade de ligar a moto. Giro a chave, me certifico de que a marcha está em “neutro”, indico onde está o starter e espero pela reação. A surpresa, o pequeno susto e o sorriso que se seguem são prazeres únicos e grandes afagos em minha alma de viajante e de pai.
Para os garotos de 10, 12 anos que vejo como reproduções daquele guri que um dia fui, gosto também de dar a eles a oportunidade de ligar a moto. Giro a chave, me certifico de que a marcha está em “neutro”, indico onde está o starter e espero pela reação. A surpresa, o pequeno susto e o sorriso que se seguem são prazeres únicos e grandes afagos em minha alma de viajante e de pai.
Procuro sempre levar lembrancinhas para crianças que encontrarei no caminho. Adesivos, chaveiros, broches, lápis e canetas fazem parte de meu “kit de boa vontade” onde procuro deixar nos lugares minha pegada cultural. Em países onde os recursos são escassos, sobretudo nas comunidades mais remotas, procuro levar material escolar, canetas, lápis e borrachas para entregar à garotada. Esses gestos de aproximação provocam uma reação positiva de retorno, não só dos garotos, como também da parte de seus pais e familiares. Uma vez, estando no camping de São Pedro de Atacama dei a oportunidade a um garoto de uns 8 ou 9 anos de se sentar na moto e ele ficou ali, como eu há muitos anos atrás, observando atentamente o painel de instrumentos, a largura do guidão, o conforto da sela e eu percebia nitidamente que ele estava sonhando acordado.
Quando desceu, dei a ele uma caneta e um lápis e o vi se afastar contente pela experiência intrigante de ter estado tão próximo daquela grande motocicleta. Algumas horas depois, no começo da noite, enquanto preparava um churrasco para meus companheiros de viagem, vejo à distancia chegar o mesmo garoto, desta vez acompanhado de seu pai.
O senhor se aproxima timidamente, cumprimenta a todos e me entrega um chapéu que tinha comprado como presente para mim em agradecimento à atenção que tinha dado a seu filho. Eu gentilmente protestei dizendo que não tinha feito nada de extraordinário.
Ele então me disse: Infelizmente não é normal que estrangeiros tenham esse tipo de atenção e carinho com nossos filhos.
- Portanto, venho, com este presente, lhe agradecer, assim o senhor também terá uma lembrança boa de nossa terra.
Uma prova de que a generosidade e amabilidade compensam em qualquer caso
A sessão de fotos com crianças junto à motocicleta, faz parte de cada uma de minhas viagens. É uma rotina que aporta uma alegria imensa a este viajante. Seus olhares, inquisitivos, admirativos e sonhadores fazem parte das memórias ao final de cada viagem quando volto a guardar minha moto na garagem.
Em muitos casos, contei com a ajuda desses pequenos seres cheios de esperteza e idéias, pois ninguém conhece melhor seu território, seu bairro, sua região, do que eles mesmos.
Crianças são puras de sentimento e suas emoções, transparentes. Seu entusiasmo em relação a nós, seres viajando em grandes veículos de duas rodas transcende os livros de aventura que eles normalmente devoram e os aproxima um pouco, por nosso intermédio, da fantasia e do mundo imaginário e hiper-realista de suas infâncias.
Ajudá-los a sonhar é mais que uma gentileza, é uma obrigação, um dever de qualquer adulto.
Uma vez, voltando de Merzouga, onde se encontram as grandes dunas vermelhas no sul do Marrocos, eu estava em pleno deserto do Sahara e não havia estrada definida para seguir.
Tomei o caminho que achava mais apropriado e, fascinado pela beleza do deserto acabei me perdendo do restante de meu grupo de amigos.
O resultado é que acabei rodando 3 horas sem ter exatamente certeza se conseguiria encontrar a estrada asfaltada que, um pouco mais ao norte, cruzava a imensidão do deserto. Com gasolina e água suficientes, elementos essenciais nesse ambiente, fui mantendo no mesmo nível a tranqüilidade e o rumo norte de minha bússola, para tentar interceptar, cedo ou tarde, a estrada que vai da capital, Rabat, a Essauíra no sul do Marrocos..
O problema ali era a areia solta que forçava minha pesada GSA a enterrar a roda dianteira. Odeio essa moto na areia! Seu nariz é muito pesado! Ao passar por um pequeno oásis, vejo um grupo de tuaregues com seus camelos e decido pedir informações. Um deles, um garoto de uns 12 anos, vestindo a característica indumentária de cor índigo que faz este povo ser conhecido como os “homens azuis” pois o tecido, ao descolorir, lhes mancha a pele, correu até onde eu estava.
Perguntou-me em francês se eu o poderia levar até a vila, a 25 quilômetros dali e assim ele me mostraria o caminho de volta ao asfalto. Disse a ele que teria dificuldade de levá-lo, pois já era difícil em “solo” na moto, com garupa seria praticamente impossível por causa da instabilidade da superfície arenosa.
Ele sorriu um sorriso largo e divertido, e disse-me:
Comigo, “patrão”, o senhor não terá que passar pelos trechos de areia solta. Tenha certeza disso.
Na seqüência, sentou-se na garupa como quem monta em um camelo e apontou com a mão esquerda.
- Por ali, decretou. E eu, resignado, diligentemente obedeci.
Fizemos 18 km de deserto juntos e ele me conduziu brilhantemente por caminhos de solo firme onde pudemos confortavelmente andar entre 50 e 60 km/h. Já no asfalto, ele deixou transparecer toda sua alegria e gritava a plenos pulmões, iiuhhhuuuuu!!! Enquanto eu, agradecido e para retribuir, acelerava a GSA a quase 150 km/h já sobre um asfalto de boa qualidade.
Ao passarmos na estrada por um microônibus cheio de passageiros, ele gritou algo em árabe ao motorista.
Perguntei o que tinha dito. Ele simplesmente respondeu que antes de mim tinha passado esse microônibus e eles, por ter o carro cheio de turistas europeus, tinham se recusado a lavá-lo para não incomodar os estrangeiros. Deixei-o no café do vilarejo e ele, para mostrar sua gratidão, convidou-me a tomar um chá de menta, na mais pura tradição berbére.
Consumimos nossos chás tranquilamente, no silêncio de uma conversa sem palavras, como só as pessoas destes lugares remotos sabem fazer.
Quando decidi continuar meu caminho, perguntei a ele por curiosidade o que ele tinha exatamente dito ao motorista do ônibus quando passamos com a moto.
Ele então repetiu, desta vez em francês:
...Aqui, vou mais rápido! Tão rápido quanto o vento levando consigo a areia do deserto!
Mais uma prova que a motocicleta muitas vezes nos faz confundir fantasia e realidade, exatamente como fazem as crianças, de qualquer idade, em qualquer lugar do mundo.
Fonte: Ricardo Lugris (Rotaway)
Consumimos nossos chás tranquilamente, no silêncio de uma conversa sem palavras, como só as pessoas destes lugares remotos sabem fazer.
Quando decidi continuar meu caminho, perguntei a ele por curiosidade o que ele tinha exatamente dito ao motorista do ônibus quando passamos com a moto.
Ele então repetiu, desta vez em francês:
...Aqui, vou mais rápido! Tão rápido quanto o vento levando consigo a areia do deserto!
Mais uma prova que a motocicleta muitas vezes nos faz confundir fantasia e realidade, exatamente como fazem as crianças, de qualquer idade, em qualquer lugar do mundo.
Fonte: Ricardo Lugris (Rotaway)
terça-feira, 14 de agosto de 2012
IX Surubim Moto Fest 2012
Serviço:
Evento: IX Surubim Moto Fest
Datas: 17, 18 e 19 de Agosto de 2012
Local: Largo da Rua João Batista
Cidade: Surubim
Estado: PE
email : eraldopio@yahoo.com.br
Organizador: Cowboys do Asfalto
Contato: Eraldo Pio / Ginaldo
Fone: (81)98053030 / (81)99149065
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Programação Oficial – IX Surubim Moto Fest
Programação definitiva do Festival de Surubim, que será realizado nos dias 17, 18 e 19 de Agosto de 2012:
SEXTA-FEIRA
10:00 - Recepção aos Moto Clubes
Palco MOTOFEST (palco principal)
ROCKILIVE – 17h:00
THE MINCER – 19h:00
SWEET JANE – 20h:40
FORA DO EIXO – 22h:40
RODRIGO MORCEGO – 00h:40
Palco CULTURA POPULAR (palco alternativo)
PESSOA DO NASCIMENTO – 18h:00
GRUPO SURUBINENSE DE CHORO – 20h:00
COBERTA DE MULAMBO – 21h:40
COCO DE TORÉ PANDEIRO DO MESTRE – 23h:40
MASTIGADO DO FORRÓ – 02:00
03:00 - Encerramento
SÁBADO
07:00 às 11:00 - Café da Manhã 0800
12:00 às 15:00 - Feijoada e Dobradinha 0800
Palco MOTOFEST (palco principal)
ALUCINADOS ROCK BAND – 16h:00
BANDA G8 – 17h:30
MAMONAS ASSASSINAS COVER – 19h:00
DAS ANTROLAS – 21h:00
TARJA PRETA – 23h:00
REVOLUTION BEATLES BAND – 01h:00
Palco CULTURA POPULAR (palco alternativo)
NOÉ DA CIRANDA – 18h:30
DANÇA DA BOLINHA – 20h:00
RADIOLA SERRA ALTA – 22h:00
AMBROSINO MARTINS – 00h:00
FORROZÃO CHINELAR – 02h:00
04:00 - Encerramento
DOMINGO
07:00 às 11:00 - Café da Manhã
12:00 - Confraternização Cowboys do Asfalto
Palco ROCK (palco alternativo)
OVERGLORY (Sta Cruz, thrash) – 14h:00
ANTROPOFAGIA (Olinda, grindcore) – 15h:00
ATAQUE SUICIDA (Recife, hardcore) – 16h:00
SUBVERSIVOS (Recife, punk rock) – 17h:00
ALKYMENIA (Caruaru, thrash) – 18h:00
19:00 - Encerramento
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Lista de Hoteis
Hotel Recanto do Agreste- (81) 9765-9605/9765-9607
Hotel Havai- (81) 3634-3625
Pousada Maracajá (81) 3634-1361
Hotel Fino Trato (81) 3634-2443
Ellos Hotel (81) 3634-1785
Cristal Hotel (81) 3634-1403
Pousada Surubim (81) 3634-1225
Flat Matrix (81) 9999-3990
Dormida 0800 Escola Estadual Severino Farias - ( Proximo do Evento)
Triumph Tiger 800 XC
A Triumph Tiger 800 XC abre a porta da marca para o mercado brasileiro e chega para cutucar a BMW F 800 GS. Decidida a ingressar para valer no mercado brasileiro, em que passa a operar oficialmente no início do segundo semestre, a Triumph acaba de apresentar com grande estardalhaço na Europa a Tiger 800. São duas opções, da "standard" à mais aventureira XC, de Cross Country, a qual fomos provar em solo espanhol. A escolha da cilindrada e da proposta pela companhia britânica reavivam uma velha rixa internacional, agora no campo das motocicletas, ao desafiar a germânica BMW F 800 GS. O alvo não foi escolhido ao acaso. Pela versatilidade que oferecem, as trail de média cilindrada possibilitam longas viagens e facilidade de utilização em todos os ambientes, inclusive no urbano e em eventuais incursões fora de estrada.
O hábito faz o monge
Gama de acessórios sugere uma volta ao mundo. Mais de 50 acessórios integram a lista específica para a Triumph Tiger, que, de fábrica, pode ser equipada com sistema antibloqueio (ABS), proporcionando repercussões na segurança e, claro, no preço final. Quanto aos equipamentos opcionais, a trail britânica pode ser preparada com conjunto de malas Adventure para todas as viagens, mesmo as de longuíssima distância em ambientes inóspitos, necessitando do suporte posterior e podendo acolher bolsas impermeáveis fornecidas na medida exata.
À primeira vista, a Triumph parece ter buscado inspiração estética na rival alemã. Mas o olhar atento revela que ela tem caráter próprio, marcado pela silhueta esguia, com poucas superfícies carenadas, com predominância da visibilidade mecânica e pelo acabamento de qualidade. Como você verá a seguir, esse refinamento em nada compromete sua atuação off-road.
Ainda nos primeiros quilômetros, destacam-se a razoável proteção aerodinâmica proporcionada a pilotos de até 1,75 metro de altura e o banco facilmente regulável em duas alturas, esbanjando conforto também para o passageiro, com assento de posição elevada. A aparente dureza inicial e as dimensões reduzidas do banco são rapidamente esquecidas, revelando acerto ergonômico e de densidade, que pode ser alterada com a troca por um assento opcional de gel.
O guidão da Tiger XC é controverso. Impõe uma posição de condução que se revela estranha nos primeiros instantes, obrigando o tronco a se inclinar sobre a dianteira, atirado sobre o tanque de combustível, mantendo os braços esticados e mais abertos do que seria de esperar. Apesar da maior pressão aerodinâmica e do desconforto gerado nas incursões em rodovias, a largura do guidão viria, porém, a revelar-se bem acertada nas estradas mais recortadas, bem como nos percursos fora de estrada, ampliando a facilidade nas mudanças de direção ou na simples fuga de uma pedra mais saliente.
A análise estética pode ser significativa no momento da opção de compra, mas passa para segundo plano diante da eficácia mecânica e ciclística da mais recente big trail saída da fábrica de Hinckley. O motor tricilíndrico, baseado no bloco de 675 cc que equipa a supersport Daytona e a roadster Street Triple, foi revisto em cerca de 85% dos componentes, procurando comportamento mais suave e disponibilidade de força em todos os regimes de rotação. Com a cilindrada ampliada para 799 cc à custa de maior curso dos pistões, a Tiger ganhou novo virabrequim e teve a eletrônica revista. O motor é um surpreendente manancial de potência, incrivelmente suave e equilibrado. Com ausência de vibrações, exibe enorme capacidade de aceleração desde os mais baixos regimes, permitindo retomadas mesmo na sexta marcha de uma caixa muito precisa e suave. Sem batidelas ou hesitações que revelassem qualquer problema, tem comportamento que parece ideal tanto na cidade como em estradas mais exigentes. Nessas situações, é possível manter controle absoluto valendo-se apenas do acelerador. Também agrada nas incursões por todo o tipo de terreno, onde o caráter elástico, quase elétrico, do motor evidencia os dotes de pilotagem.
Esse motor é um importante trunfo na avaliação da Triumph Tiger 800 XC, mais potente que a rival BMW F 800 GS, e que vem acompanhado por ciclística à altura. Partindo de uma estrutura tubular, revela rigidez para atacar sem receios as curvas mais rápidas, mas sem roubar a flexibilidade que tanto ajuda nos pisos de terra. O conjunto evidencia excelente distribuição de peso e centro de gravidade baixo, oferecendo agilidade e capacidade de inclinação, contornando curvas com segurança.
Rápida e eficaz nas mudanças de direção, apresenta acertado compromisso em termos de amortecimento, impedindo o mergulho excessivo na frenagem e mantendo a eficácia em curvas, com maciez que contribui para boa leitura do piso. Mantém-se firme mesmo em uma frenagem mais vigorosa, primando por excelente progressividade e boa sensibilidade, mesmo nas condições mais delicadas em que o freio dianteiro é mais exigido.
Disponível em branco, preto ou laranja, a Triumph Tiger 800 XC soma argumentos de peso em um segmento cada vez mais desejado, a começar pela facilidade de condução proporcionada por um motor cheio e muito redondo e uma ciclística de elevado nível. A esse conjunto junta-se sua imagem moderna e uma lista de acessórios capaz de reforçar o perfil aventureiro dessa simpática britânica.
Gama de acessórios sugere uma volta ao mundo. Mais de 50 acessórios integram a lista específica para a Triumph Tiger, que, de fábrica, pode ser equipada com sistema antibloqueio (ABS), proporcionando repercussões na segurança e, claro, no preço final. Quanto aos equipamentos opcionais, a trail britânica pode ser preparada com conjunto de malas Adventure para todas as viagens, mesmo as de longuíssima distância em ambientes inóspitos, necessitando do suporte posterior e podendo acolher bolsas impermeáveis fornecidas na medida exata.
Punhos aquecidos, manetes reguláveis usinados, extensores dos para-lamas, proteção de faróis e faróis suplementares, bolha ajustável, proteção de alumínio para o radiador, bancos mais baixos e de gel, descanso central e proteções de motor e cárter são alguns dos itens da recheada lista. Inclui ainda sistema de alarme, suporte GPS e antirroubo, além de um escape específico, desenvolvido em conjunto com a Arrow.
TOCADA
Divertida, com um motor de três cilindros em linha excepcional, dotado de torque
em todas as faixas
de rotações.
★★★★
★★★★
DIA A DIA
Estreita, vai bem
na cidade e permite esgueirar-se com fluidez no tráfego. Tem presença e é pouco visada por ladrões.
★★★★
★★★★
ESTILO
Moderna, com poucas carenagens, é um produto de excelente design, bem atualizado. Vai demorar bastante para envelhecer.
★★★★
★★★★
MOTOR E TRANSMISSÃO
O tricilíndrico é ponto alto. Com maior curso dos pistões,
é uma usina de torque. O câmbio
é preciso e suave.
★★★★
★★★★
SEGURANÇA
Tem ABS como opcional, mas o conjunto de freios é em si bastante eficiente. O bom conjunto de suspensões, chassi e pneus garante estabilidade.
★★★
★★★
MERCADO
A Triumph está chegando oficialmente, o que deve valorizar
a marca e eliminar as inseguranças quanto ao valor de revenda
e peças de reposição. Mas ainda é cedo para bancar prognósticos.
★★★
★★★
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Cabrobó Moto Fest 2012
Serviço:
Evento: 1º Cabrobó Moto Fest
Datas: 10, 11 e 12 de Agosto de 2012
Local: Praça de Eventos
Cidade: Cabrobó
Estado: PE
email : cabrobomc@hotmail.com
Site: www.cabrobomotoclube.com.br
Organizador: Cabrobó Moto Clube
Contatos: Emizael Saldanha
Telefone: (87) 9991-6793
Obeservações :Feijoada 0800, sopão 0800, hoteis e pousadas com preços normais.
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Programação do 1º Cabrobó Motofest
Dia 10 Sexta – Feira
09:00 Recepção aos Motociclistas e Entrega de Troféus
20:00 Abertura Oficial do Evento com Banda Apocalipse (Ritimos Variados)
22:00 Kamara e Banda (Forró)
Dia 11 Sábado
09:00 Recepção aos Motociclistas e Entrega de Troféus
12:00 Feijoada 0800 na AABB
16:30 Passeio Motociclistico pelas Principais ruas da Cidade
18:00 Sopão 0800 na Area de Camping
20:00 Banda Apocalipse (Ritimos Variados)
22:00 Banda Netos do Raul (Recife)
00:00 Caveira e Banda Cela
02:00 Kamara e Banda (Forró)
Dia 12 Domingo
08:00 Café da Manha 0800
10:00 Despedida aos Motociclistas
Locução Maximo Neto – Renegados do Asfalto
Cobertura da Revista Motoclubes
Obs: Temos Camping com banheiros sempre limpos e segurança 24 Horas, a AABB estará liberada apartir da sexta para descanço e banho de bica, portanto se chegarem na sexta poderão ficar na AABB o dia inteiro.
*Programação sujeita a alteração
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Relação dos Hoteis e Pousadas
Via Hotel - 87 3875-3090 87 3875-1289
Pousada Limarques - 87 3875-1352
Pousada São Francisco 87 3875-1476
Pousada Limarques está com desconto na reserva antecipada....aproveitem.
- Sorteio de brindes
- Feijoada 0800
- Banho de Bica na AABB
- Sopão 0800
- Area de Camping
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Nosso amigo Léo também é Metal do Asfalto
Nosso amigo Léo, agora faz parte do nosso moto clube. Vamos batizar Léo com um passeio, possivelmente pra Gravatá. Abraço Léo.
Mulheres em busca de novos destinos
Esse post foi tirado do site Rotaway. Um relato de uma viagem de deixar qualquer marmanjo com inveja. Muito legal. Espero que gostem.
Ando de moto há muitos anos, mas nunca tive a experiência de rodar fora do país, até que unindo a vontade de conhecer um pouco da África, pensei: Porque não conhecer Marrocos de moto?
Naquele momento já nascia uma expectativa de estar diante de uma nova experiência, viajar por outras terras, conhecer novas culturas, e que mais me fascinava era saber que estaria realizando esta viagem de motocicleta.
Naquele momento já nascia uma expectativa de estar diante de uma nova experiência, viajar por outras terras, conhecer novas culturas, e que mais me fascinava era saber que estaria realizando esta viagem de motocicleta.
Quando sobre uma motocicleta parece que as descobertas ganham outros sentidos, De alguma forma nos projetamos em um universo que o nosso estado de espírito fica muito mais receptivo para que possamos contemplar cada nova experiência. Foi então que em fevereiro de 2012 me aventurei com alguns amigos para este país espetacular.
Tivemos o Sul da Espanha como ponto de partida. Saímos de Sevilla, passamos por Álgebras, atravessamos o Estreito de Gibraltar e daí por diante passamos a desfrutar das maravilhas marroquinas.
Tivemos o Sul da Espanha como ponto de partida. Saímos de Sevilla, passamos por Álgebras, atravessamos o Estreito de Gibraltar e daí por diante passamos a desfrutar das maravilhas marroquinas.
Foram 13 dias de pura emoção, satisfação e a certeza de ter feito a coisa certa. Desfrutamos das sensacionais cidades de Chefchaouen, Fez, Erfoud, ZagoraU, Quarzazate, Marrakesh, Rabat (capital).
Muitas surpresas já nos esperavam. Há mais de 40 anos não nevava em Marrocos, e fomos brindados inesperadamente pela neve que cobria as maravilhosas montanhas que saudavam os novos visitantes. As montanhas nevadas pareciam estar nos convidando para ir adiante.
Muitas surpresas já nos esperavam. Há mais de 40 anos não nevava em Marrocos, e fomos brindados inesperadamente pela neve que cobria as maravilhosas montanhas que saudavam os novos visitantes. As montanhas nevadas pareciam estar nos convidando para ir adiante.
Um povo hospitaleiro
Ficamos encantados com a recepção, muito embora seja um país muçulmano, lugares místicos, onde a influência árabe que determina todos os aspectos da sua vida cultural e religiosa, é habitado por um povo humilde que tem em suas “medinas” o orgulho do berço de sua história e de sua cultura, que até os tempos atuais preservam suas tradições. Não poderia deixar de falar da culinária e o sabor dos principais pratos marroquinos, o famoso “Tagine” e uma das dezenas de variedades de "Cuscuz" (sémola cozida no vapor acompanhada de legumes, carne de vaca, frango, peixe, etc.).
Ficamos encantados com a recepção, muito embora seja um país muçulmano, lugares místicos, onde a influência árabe que determina todos os aspectos da sua vida cultural e religiosa, é habitado por um povo humilde que tem em suas “medinas” o orgulho do berço de sua história e de sua cultura, que até os tempos atuais preservam suas tradições. Não poderia deixar de falar da culinária e o sabor dos principais pratos marroquinos, o famoso “Tagine” e uma das dezenas de variedades de "Cuscuz" (sémola cozida no vapor acompanhada de legumes, carne de vaca, frango, peixe, etc.).
Andar pelas medinas de Marrocos é como se os nossos sentidos renascessem a cada segundo quando ouvimos diferentes sons, as músicas que se misturam e os cheiros mais diversos completam toda uma atmosfera mágica em torno dos lugares que aguçavam a nossa percepção.
Os hábitos e os costumes foram preservados através dos séculos... Tínhamos que tomar cuidado e desacelerar as motocicletas para não assustar os burrinhos que caminhavam na beira da estrada carregando o sustento de cada dia deste povo encantador, tendo também como meio de transporte os camelos que atravessam incansavelmente o deserto do Sahara. A lembrança da noite em Marrakesh onde a noite na Praça Djemaa El-Fna parece estar vivendo uma festa infinita.
Os hábitos e os costumes foram preservados através dos séculos... Tínhamos que tomar cuidado e desacelerar as motocicletas para não assustar os burrinhos que caminhavam na beira da estrada carregando o sustento de cada dia deste povo encantador, tendo também como meio de transporte os camelos que atravessam incansavelmente o deserto do Sahara. A lembrança da noite em Marrakesh onde a noite na Praça Djemaa El-Fna parece estar vivendo uma festa infinita.
São as inúmeras lojas que compõem os Souks que também é uma grande atração do local. Nesses pequenos negócios, insistentes vendedores fazem de tudo para vender uma enorme gama de produtos, de lanternas e luminárias a aparelhos de chá, sandálias, tecidos, e tudo aquilo que faz parte do imaginário ocidental quando se idealiza um mercado marroquino.
Uma visita a este grandioso país é um experiência imperdível. A arquitetura em muitos lugares ainda preservam colunas e arcos que nos dão uma breve visão de como seria a vida neste remoto canto do Império Romano.
Foi uma experiência inesquecível e mágica que gostaria de compartilhar com todos vocês. Como mulher e motociclista, deixo o recado: O mundo é mais gostoso e prazeroso se desvendado por meio de duas rodas. O vento no rosto, o ronco do motor e a liberdade de estar do lado de fora, traz um encanto inigualável...
Foi uma experiência inesquecível e mágica que gostaria de compartilhar com todos vocês. Como mulher e motociclista, deixo o recado: O mundo é mais gostoso e prazeroso se desvendado por meio de duas rodas. O vento no rosto, o ronco do motor e a liberdade de estar do lado de fora, traz um encanto inigualável...
Mulheres, o mundo está aos nossos pés, basta caminharmos...
Nos encontraremos nas estradas.
Monise Alencar Martins
Fotografias:
Eliana Malizia (Revista Moto Adventure) e Monise A. Martins.
Nos encontraremos nas estradas.
Monise Alencar Martins
Fotografias:
Eliana Malizia (Revista Moto Adventure) e Monise A. Martins.
Fonte: http://www.rotaway.com.br
terça-feira, 7 de agosto de 2012
BMW K1600 GT
Motor | |
---|---|
Tipo | Motor de 6 cilindros em linha 4 tempos 4 válvulas por cilindro Refrigeração a água |
Diâmetro / curso | xxxx |
Cilindrada | 1.649 cc |
Potência máxima | 160 cv / 7.750 rpm |
Torque máximo (Nm)/RPM | 175 Nm a 5.250 rpm |
Taxa de compressão | 12,2:1 |
Preparação do combustível / gestão do motor | |
Catalisador | 3 vias com sonda Lambda Norma de gases EU-3 |
Desempenho | |
Velocidade máxima | > 265 km/h no velocímetro |
Combustível | xxxx |
Alternador / Autonomia | xxxx |
Alternador / Autonomia | 580 W / — |
Bateria | xxxx |
Transmissão | xxxx |
Embreagem | xxxx |
Câmbio | 6 marchas |
Transmissão | Cardã |
Ciclística / freios | xxxx |
Quadro | xxxx |
Suspensão dianteira | BMW Motorrad Duolever com ESA |
Suspensão traseira | BMW Motorrad Paralever com ESA, balança traseira monobraço de alumínio |
Curso da suspensão dianteira / traseira | 125mm /135 mm |
Distância entre eixos | xxxx |
Trail | xxxx |
Ângulo da coluna de direção | xxxx |
Rodas | |
Roda dianteira | 3,50 x 17″ |
Roda traseira | 6.00 x 17″ |
Pneu dianteiro | 120/70 – ZR 17 |
Pneu traseiro | 190/55 – ZR 17 |
Freio dianteiro | Discos duplos flutuantes de 320 mm com pinças de 4 pistões |
Freio traseiro | Disco simples de 320 mm com pinça flutuante de 2 pistões |
ABS | |
Dimensões / pesos | |
Comprimento (mm) | 2,324 mm |
Largura (mm) | 1,000 mm |
Altura (mm) | 1,440 mm |
Altura do banco (mm) | 810 mm / 830 mm (800 mm / 780 mm opcional) |
Curvatura das Pernas | xxxxx |
Peso em ordem de marcha 1) | 332 kg |
Peso seca 2) | 306 kg |
Peso total permitido | xxxx |
Carga útil (com equipamento de série) | xxxx |
Capacidade do tanque de combustível | 24 litros |
Reserva | 4 litros |
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Relato da viagem ao Vale do Catimbau, Buique - PE em 28/07/2012
Nosso amigo Leonardo Castanha, o Léo, fez uma viagem ao Vale do Catimbau em Buíque com sua moto XRE 300 e nos relata com detalhes, a sua viagem.
Existem maus hábitos que são difíceis de se mudar.. Este é o caso da "protelação infinita" que ocorre quando você pretende fazer algo (no caso uma viagem), daí vai passando o tempo, e nada.. Às vezes até esquecemos! Não poderia deixar que isso ocorresse sobre a viagem de motocicleta até o Parque Nacional do Vale do Catimbau, Buíque - PE. O Vale do Catimbau fica localizado no sertão do estado, tem 62.000 hectares e detém o título de segundo maior sítio arqueológico do Brasil (o primeiro é a Serra da Capivara no Piauí), partindo do Recife são 300 Km.
Sexta-feira, dia 27/07/2012 (dia do motociclista) estava vendo fotos, vídeos e relatos de viagens em sites de todo o mundo e ao mesmo tempo conversava via bate-papo do Facebook com o José Carlos Manuel, que está em viagem desde janeiro de 2010 e hoje se encontra na Guatemala com o seu projeto "Odisseia Pessoal", ele viaja numa XRE 300. Daí veio o estalo... Vou pro Vale do Catimbau amanhã! Já estava estudando essa viagem há algum tempo, porém sempre protelando... Arrumei mochila, barraca etc.. e no sábado, 28/07/2012 às 10h estava deixando o apartamento no bairro do Janga, Paulista - PE com destino ao Vale do Catimbau, Buíque - PE.
Pego a rua José Pereira de Oliveira (vulgo mané pá) e já a esta hora existem pessoas nos bares, muito som alto, transito e todas as outras mazelas típicas dos centros urbanos. Pelo menos por este final de semana estarei livre disto, pensei.. Sigo pela PE 22, PE 15 e BR 101 rumo a BR 232 que infelizmente encontra-se duplicada somente até São Caetano. A rodovia está em bom estado e com o transito fluindo bem, consegue-se manter velocidades superiores a 120 Km/h por longos trechos; uma ultrapassagem aqui outra ali (sempre reduzindo antes), senti pela primeira vez profunda emoção pilotando a Bicuda (XRE 300), são bons momentos que passamos com nossa motocicleta e que nenhuma outra poderá substituir; as próximas guerreiras deverão nos dar novas emoções é claro, porém o que senti nesse dia com a Bicuda vou lembrar por toda a vida.
Pego a rua José Pereira de Oliveira (vulgo mané pá) e já a esta hora existem pessoas nos bares, muito som alto, transito e todas as outras mazelas típicas dos centros urbanos. Pelo menos por este final de semana estarei livre disto, pensei.. Sigo pela PE 22, PE 15 e BR 101 rumo a BR 232 que infelizmente encontra-se duplicada somente até São Caetano. A rodovia está em bom estado e com o transito fluindo bem, consegue-se manter velocidades superiores a 120 Km/h por longos trechos; uma ultrapassagem aqui outra ali (sempre reduzindo antes), senti pela primeira vez profunda emoção pilotando a Bicuda (XRE 300), são bons momentos que passamos com nossa motocicleta e que nenhuma outra poderá substituir; as próximas guerreiras deverão nos dar novas emoções é claro, porém o que senti nesse dia com a Bicuda vou lembrar por toda a vida.
A parte que mais gosto da BR 232 são as curvas da Serra das Russas, o ar por lá é mais puro e o friozinho indica que estamos de fato no agreste. Segue-se nessa tranqüilidade somente ate São Caetano, onde de repente você vê uma sinalização no chão indicando desvio à esquerda e num piscar de olhos já é mão e contramão, a mudança é muito brusca... Num momento você esta numa velocidade de cruzeiro de 100 a 130 km/h e passa a 70 e 90 Km/h. Algumas lombadas podem te pegar de surpresa também, pois como falei, a mudança é muito brusca e leva-se um certo tempo para nos adaptarmos; muitos animais mortos nos acostamentos entre arcoverde e Buique, tem pra todos os gostos: cavalo, vaca, burro, bode, cachorro, gato, rato... Varios caminhoes lentos criam o que eu chamaria de "congestionamento ambulante", embora você esteja andando a 70/80 Km/h essa velocidade nao está de acordo com uma BR.
A rodovia é bem sinalizada quanto aos lugares considerados seguros para a ultrapassagem, porém é fácil ver carros ultrapassando por exemplo: numa subida e em casos extremos até nas curvas! Também podemos ver filas de carros (em número nao inferior a cinco) ultrapassando um caminhao ao mesmo tempo; existem ainda aqueles que calculam errado a ultrapassagem e querem voltar de qualquer maneira (pra nao bater de frente com o carro da contramão, dentre outras possibilidades..), estes entram em qualquer brecha que avistem... O número de capelinhas indicando o local onde alguns faleceram vitimados por acidentes na estrada também assustam.. Faz você redobrar a atenção sobre os animais e os outro carros, pois eu é que não quero ganhar uma capelinha só pra mim na beira de uma estrada... Fui com esse sentimento até o centro de Buique. Chegando lá, é fácil ver o giradouro que dá acesso a PE 270 que liga o centro de Buique a estrada de terra para a Vila do Catimbau; são 11km de "off road" que não faz medo algum as customs e esportivas, dá pra passar tranquilo. Cheguei por volta das 15h na entrada da vila. logo sente-se a mudança de ritmo das pessoas; comprei uma água no mercadinho, mais pra puxar conversa e informações que pela sede em si... Me indicaram a associação dos guias, fui atendido muito bem pelo guia Genivaldo, me deu todas as informações mesmo já estando próximo de fechar; sao varias trilhas e o custo é de R$ 50,00 por pessoa, tem trilha que só inicia apos um percurso de 11 a 18 km de carro e existem tambem aquelas mais "light" que começam por ali mesmo.
A rodovia é bem sinalizada quanto aos lugares considerados seguros para a ultrapassagem, porém é fácil ver carros ultrapassando por exemplo: numa subida e em casos extremos até nas curvas! Também podemos ver filas de carros (em número nao inferior a cinco) ultrapassando um caminhao ao mesmo tempo; existem ainda aqueles que calculam errado a ultrapassagem e querem voltar de qualquer maneira (pra nao bater de frente com o carro da contramão, dentre outras possibilidades..), estes entram em qualquer brecha que avistem... O número de capelinhas indicando o local onde alguns faleceram vitimados por acidentes na estrada também assustam.. Faz você redobrar a atenção sobre os animais e os outro carros, pois eu é que não quero ganhar uma capelinha só pra mim na beira de uma estrada... Fui com esse sentimento até o centro de Buique. Chegando lá, é fácil ver o giradouro que dá acesso a PE 270 que liga o centro de Buique a estrada de terra para a Vila do Catimbau; são 11km de "off road" que não faz medo algum as customs e esportivas, dá pra passar tranquilo. Cheguei por volta das 15h na entrada da vila. logo sente-se a mudança de ritmo das pessoas; comprei uma água no mercadinho, mais pra puxar conversa e informações que pela sede em si... Me indicaram a associação dos guias, fui atendido muito bem pelo guia Genivaldo, me deu todas as informações mesmo já estando próximo de fechar; sao varias trilhas e o custo é de R$ 50,00 por pessoa, tem trilha que só inicia apos um percurso de 11 a 18 km de carro e existem tambem aquelas mais "light" que começam por ali mesmo.
Depois das informações fui procurar o Paraíso Selvagem, lugar de camping e onde pessoas da regiao/turistas vão passar a tarde, por lá também existem trilhas pra fazer. Fui recebido pelo Iran, um adolescente de 16 anos, paguei os 20 reais do camping e me deixou entrar, me mostrando de qualquer maneira os lugares possíveis de armar a barraca. Fui armando a barraca e observando as pessoas que vem passar a tarde, conversavam alto.. além de serem responsáveis por um som alto de caro. Hiiii... rodei 350 km pra nada! Bom, já diz o ditado "já que esta no inferno, abraça o demônio". Armei a barraca, coloque as coisas dentro, peguei os valores e fui explorar o lugar; queria tudo aquilo só pra mim, ali tinha gente demais.. Procurava me afastar.. cheguei até o inicio de uma elevação, gostei do estilo do banheiro! Subi na grande formação de arenito e as vozes já pareciam mais longe, quase imperceptíveis; e que vista do sol já baixo! Vi a pedra do cachorro relativamente perto, tá melhorando... Fui até o topo da pedra, reconhecendo cada palmo, queria mesmo era acampar lá em cima! Vou buscar a barraca... Nao era permitido... Sentei e comecei finalmente a respirar ar puro e entrar na verdadeira atmosfera do lugar. Em pouco tempo os visitantes foram embora e ja nao havia mais som, tudo calmo... O sol já estava mais baixo, Vou ver o pôr do sol! Isso me pegou de surpresa.. Sentei e vi o pôr do sol mais bonito da minha vida! Nesse momento o bem venceu o mal e já nao lembrava mais da impressão anterior; limpei minha mente e nao pensava mais em nada, uma leveza só! Desci já escurecendo, pois queria aproveitar até o final aquela sensação.
Na descida dou de cara com um rapaz meio ofegante me perguntando se era meu um carro com placa de olinda; estava com um grupo que precisava de uma carona pra voltar pra Recife, disse que o carro nao era meu e que estava de moto.. Conversamos um pouco, disse que me conhecia de Olinda e que conhecia Caio Lima, reconheceu a camisa do grupo Rua do Absurdo. Falou que havíamos conversado sobre literatura no Bar Aritana em Olinda, bem fácil ter ocorrido... Conheci sua namorada, estrangeira, de sotaque espanhol, não perguntei a origem. Chegaram mais três garotas e conversamos mais um pouco, me convidaram pra passar na barraca deles mais tarde, aceitei o convite e me despedi pra ir na vila. Tinha que avisar que havia chegado, meu ultimo contato tinha sido em pesqueira; no Catimbau nao tem sinal de celular (de nenhuma operadora), as meninas me disseram que o açougueiro tinha um celular ligado a uma antena que permitia fazer ligação mediante certo valor, ninguém me informou sobre isso na vila... Decidi comprar cartão telefônico, nao encontro.. O lugar onde vendia tava faltando, outros indicados estavam fechados ou diziam que nao vendiam o tal meio de comunicação. O guia Genivaldo me cumprimentou, perguntei sobre o cartão, novamente nao sabia, perguntei como usavam o orelhao, disse que ligavam a cobrar! Hehehe.. Boa idéia! Me ensinou a ligar a cobrar, fazia tempo que nao ouvia aquela gravação com a moça falando: "chamada a cobrar, após o sinal diga seu nome e a cidade de onde esta falando", liguei pra todo mundo, hora nao funcionava hora ninguém atendia... Pronto, agora todos devem estar pensando que estou morto! O rapaz do mercadinho me emprestou seu cartao; agora vai, pensei.. Que nada... Nenhum orelhao funcionava o tal cartao.. Dava sempre cartao recusado! Decidi desistir... Já voltando pro camping por volta das 20h, avisto cadeiras, telas de computador e uma legiao de adolescentes numa casa de esquina. Não acredito.. Era uma Lan House! Entrei no facebook e postei: "Cheguei no Vale do Catimbau desde às 15:30h mas aqui nao pega cell e nenhum orelhão funciona.. Ta tudo certo, amanha vou fazer trilha pela manha!". Ufa agora descansei...
Cheguei no camping e fui ter com os anfitriões, não conversamos muito. Hora de ir.. "Amanha tenho que acordar cedo para aproveitar o dia". Entro na barraca e até então não sentia frio, mas depois de uns minutos o bicho pegou! Pense num frio! Foi casaco, calça, meias, cobertor e nada... A barraca estava ao lado da bica e a umidade gigante contribuía ainda mais pro frio; as coisas dentro da barraca pareciam molhadas, logo ao colocar a calça senti que ela estava de fato úmida o que em principio aumentou o frio, mas depois o calor do corpo secou.. Foi a noite inteira assim, piorando com a madrugada. Acordei as 9 e o frio continuou, coloquei o casaco da capa de chuva pra sair.. Desmontei a barraca e deixei tudo pronto pra voltar logo após a trilha. Iria na cidade ver com os guias qual seria a melhor opção, mesmo achando um pouco caro R$ 50,00 pelo serviço pois tinha em mente que seria uns R$ 30,00... Mas já que estava lá, mais vale o ditado "já que esta no inferno... ".
Estava arrumando as coisas quando Iran veio conversar, comentei que achei um pouco salgado a trilha com o guias da associação.. Iran deu uma volta e disse que fazia por R$ 30,00 a trilha de duas horas e meia, iria conhecer todos os atrativos e nao precisaria sair de lá com a moto. Seguimos pra trilha! Mas nao antes do índio Jurandir contar sobre seu passado, pois está lá desde a década de 70, falou dos fósseis encontrados ali na área em que estávamos, contou das outras trilhas; a de três dias andando e acampando no mato me interessou muito, essa vai bater proximo de Paulo Afonso na BA. Começamos a trilha, gostei já da parte de baixo onde conhecemos a caverna, o cemitério indígena, a pedra da "pata de cavalo" e os vestígios de inscrições rupestres. Estava bem ali do lado e perdia todas essas belezas, isso me fez pensar em quantas coisas deixamos de conhecer, quantos anos perdemos das nossas vidas na mesma cidade, convivendo com as mesmas pessoas, indo sempre aos mesmos lugares etc... A coisa melhorou ainda mais na subida da serra, ufa cansei! Parada pra água e doce pra recuperar as energias, ficou claro meu despreparo físico, tenho que fazer exercícios... Descemos por outra trilha mais amena, cansado, mas feliz! Após a trilha tomei um belo banho de chuveiro de água mineral que brota na própria região, a água é fria, mas saía em abundância e com ótima pressão (deve vir da parte de cima da serra); arrumei a mochila, tirei algumas fotos me despedindo em seguida de Junior, de sua mãe, de um outro garoto da região e de Iran (nao falei com o Indio Jurandir pois ele havia saído). Peguei a estrada às 13h do domingo. Segui viagem muitíssimo satisfeito com o lugar, com a moto (pela sua desenvoltura/economia) e sobretudo comigo mesmo, pois havia dado um passo evolutivo sobre aquele "mau hábito".
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
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